Pinheiro do brejo,
templo de meus ruídos secos
Fernando Campanella
Aquarela e foto de meu amigo José Henrique Coutinho*
Há os que aspiram
à " fria liberdade dos píncaros
sem nada "*;
há os que pousam em uma " lagoa rasa,
lugar da memória " onde habitam
quando " os desejos do corpo,
a metafísica" , * os sobressaltam:
templo de meus ruídos secos
e de meus ouvidos gastos,
eis vosso silêncio onde mergulho,
poetas que adoto,
a metáfora
singrando o mar enigmático.
Fernando Campanella
* A foto do trabalho em aquarela acima é de José Henrique Coutinho, meu grande amigo-irmão. Veja, abaixo, os links de blogs com seu belo, sensível trabalho:
* Os versos entre aspas no texto são de Fernando Pessoa e de Adélia Prado. O pequeno poema sobre o mar enigmático, em negrito, é de minha autoria, inspirado por, e intertextualizado com os versos dos poeta citados