terça-feira, 14 de abril de 2009

BÁLSAMO*


Foto by Fernando Campanella


O amor é triste – proclamariam minhas viúvas.
Mas disse o filósofo: a alegria corteja
A mais profunda eternidade.
Todas vertentes consideradas
Abandono o vale
Onde as sombras compõem a enormidade.
Os grilos agora tilintam, e a luz da lua
Impregna as árvores de um bálsamo –
Meu amor, se possível, me aguarda,
Retorno a ti, clara a trilha
Que agora a meus olhos se abre.

Fernando Campanella


*Na realidade, este poema foi escrito primeiramente em inglês, com o título de BALM. A tradução veio depois, porém não saberia dizer se sou um bom tradutor de mim mesmo. Abaixo, a versão original em inglês:

BALM

Love is sad –
Would my widows proclaim.
But said the philosopher:
Joy courts deepest eternity.
All things considered, I leave the valley
Where shadows rise domain.
The crickets are tinkling,
The moonlight is embalming the trees-
Wait , shall you, my love,
I can now see the trail,
I am returning to thee.

Fernando Campanella

(Que diz a profunda meia-noite? “Tenho dormido, tenho dormido! De um profundo sono despertei: O mundo é profundo, mais profundo do que o dia, pensava. Profunda é a sua dor e a alegria mais profunda que o sofrimento! A dor diz: Passa! Mas toda a alegria quer eternidade, quer profunda eternidade!”
(Friedrich Nietzsche)