terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

TO THE NIGHT


Foto by Fernando Campanella

This huge imponderable silence
revives dead things
by casting its charms
upon the light.

Time to sedate,
to overflow the glasses
with moon's fluids -
and here's to the night.

Fernando Campanella

O poema acima surgiu de uma inspiração após ler um poema de Wallace Stevens, enviado hoje por minha grande amiga Maria Madalena. Foi escrito assim, em inglês, e encontrei uma certa dificuldade em vertê-lo para nossa língua. Estou postando, abaixo, uma versão um tanto quanto apressada do mesmo, passível de reconstrução, para passar uma idéia de seu conteúdo.


À NOITE


Este silêncio,
vasto e imponderável,
revive as coisas mortas
atraindo a luz
em sua corte.

Tempo de sedar,
de transbordar as taças
com fluídos de lua -
e de brindar à noite.

Fernando Campanella


Ouçam o youtube da música escolhida para esta postagem, a 'Dead things' by Philip Glass:



Obs. Os poemas que escrevo em inglês, bem raros, por alguma razão inconsciente sempre giram em esferas temáticas de luz/sombra. Talvez a língua inglesa seja para mim um idioma que melhor expresse a minha porção romântica, noturna.
Abaixo, o poema de Wallace Stevens, enviado por minha amiga, a quem agradeço pelas pérolas que encontra.

Valley Candle


My candle burned alone in an immense valley.
Beams of the huge night converged upon it,
Until the wind blew.
The beams of the huge night
Converged upon its image,
Until the wind blew.

Wallace Stevens (1879 - 1955 / Pennsylvania / United States)