![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7Ox321Cm5fG0QRAWtsTvMqs4Pr8NZau23FTrysPqlKEqMDkAsdyvEdiB0D8U7Yaq1jsAL05qXuyNdqvuCukAPC09-PulJLUhMwpI3lGBam4Mo6Oe493x-cMsc_r_EcqwfDnmnx2NLq4w/s320/100_6054.jpg)
Foto by Antonio Carlos Januário
Imagino
que saio a pescar a luz na tarde,
meu samburá a tiracolo,
antes que os deuses do dia
atrelem as carruagens
e o sol se incline
no abismo da memória.
Mudo as pedras.
Imagino, então,
Dona Lua,
por puro encanto,
até as franjas do infinito
tecendo um halo
e capturando estrelas
no encalço.
Imagino, imagino,
e deste imaginar me reincorporo,
chispo rudes pérolas:
alucino?
Fernando Campanella, 08 de Junho de 2007