terça-feira, 13 de julho de 2010

NAMORADEIRA


Foto por Fernando Campanella

se casou, se ficou donzela
só os ventos devem lembrar
a rapariga na janela
viu o trem de Minas passar
(Fernando Campanella)

"Nas cidades coloniais brasileiras era comum, em tempos passados, a moça na janela ficar para ver o moço passar, a dona de casa, da labuta do lar, exausta para a janela se dirigia a relaxar, o menino e a menina, para não ouvirem conversas alheias, à janela eram mandados, já as velhas, muito ao contrário, na janela, da vida alheia se inteiravam, enquanto de rosário na mão, rezavam. Era um tal de janelar, que não tinha pedra pôme, limão e açúcar, almofadinha ou coxim, que desse um jeito de proteger os cotovelos, dos calos que fatalmente denunciavam as janeleiras.

Hoje, embora nossas janelas, com grades muito altas ou muito grandes, não mais sirvam para se debruçar, a tradição se mantém viva nas namoradeiras, todas bem pintadinhas, loiras ou morenas, nas janelas ficam e esperam ser vistas sem sentirem o tempo passar..."
(O texto acima não é de minha autoria, foi extraído do site: