À noite seguimos descuidados,
por árvores em renques de aromas
entre pétalas em sono de orvalho.
À noite sonhamos em um céu de metáforas
onde a mínima lua
é unha que arrepia segredos,
estrelas são hangares pequeninos,
a sombra, um lobo dócil que nos chama.
À noite, rompemos degredos,
volvemos aos ninhos,
somos meninos –
infância distraída de seus medos.
Fernando Campanella