Foto por Fernando Campanella
Tua beleza, inconsciente de si,
me puxa em seus encantos
para o seu leito.
Mas o que fazer de tua beleza
senao enquadrá-la em vaso
para nutrir a mesa
senão sofrer/gozá-la em doses
de venenos súbitos e densos...
Como um jardineiro de ventos
prefiro ver-te
eras galgando muros
ervas tecendo pastos
ou aérea flor da memória.
Amar tua beleza, não mais,
como cor que não apreendo
rio que não estanco
e que passa...
Fernando Campanella