Foto by Antonio Carlos Januário
"Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria."
(Pablo Neruda)
Nega-me tua alma
e ao degredo irremediável
me remetes
nega –me tua chama
que tremula no delírio dos deuses,
teu anjo, que ressona no silêncio
dos lagos, tuas asas desdobradas
nega-me, nega-me tua espuma
que regurgita no sonho das aves
(eu sou o teu infante pássaro)
e é sem minhas fontes que me deixas,
sem meu ar extasiado
nega-me teu mar, tua tempestade,
o sonho, a fantasia,
e me deixas a seco ,ao sal amargo
de cada dia.
nega-me teu olhos e já não me enxergo
que a felicidade, embora utopia das sombras,
é também certa luz incidente
que só de teu olhar
meus olhos como cúmplices recebem.
Fernando Campanella
"Nega-me o pão, o ar,
a luz, a primavera,
mas nunca o teu riso,
porque então morreria."
(Pablo Neruda)
Nega-me tua alma
e ao degredo irremediável
me remetes
nega –me tua chama
que tremula no delírio dos deuses,
teu anjo, que ressona no silêncio
dos lagos, tuas asas desdobradas
nega-me, nega-me tua espuma
que regurgita no sonho das aves
(eu sou o teu infante pássaro)
e é sem minhas fontes que me deixas,
sem meu ar extasiado
nega-me teu mar, tua tempestade,
o sonho, a fantasia,
e me deixas a seco ,ao sal amargo
de cada dia.
nega-me teu olhos e já não me enxergo
que a felicidade, embora utopia das sombras,
é também certa luz incidente
que só de teu olhar
meus olhos como cúmplices recebem.
Fernando Campanella