domingo, 22 de março de 2009
ALQUIMIA
Foto by A. Carlos Januário
Bom dia, minha jaqueta surrada,
reincorporo-te como a uma identidade, a um eu
imune aos ecos do mundo,a uma canção de amor
tão gasta, e ainda sempre,sempre, ressuscitada.
Bom dia, meu ninho, onde ao largo do dia
me deito, resvalo dos elos concêntricos
e disparo meus sonhos, em mais íntima revoada.
Retomo-te, minha outra natureza, e contigo escrevo,
adentro o reino dos meus velhos poetas -
meus alquimistas dos sonhos –
da realidade mais sutil, imaginária.
Bom dia, meus sóis com chuvas,
meu arco, meu ouro, meu pote de luz
- claras núpcias de minhas raposas e viúvas.
Fernando Campanella
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Oi Xinando! = ) é sempre um carinho pra alma sua poesia... bjim e linda semana! Elisa
ResponderExcluirObrigado pela visita, Elisa, fiquei muito feliz. Que bom, então, um carinho da alma de um grande amigo teu. Bjos, volte sempre.
ResponderExcluirHei poeta! Maravilhoso "Alquimia" . Li algo interessante e c certeza, digo que um bom leitor é feito por um bom poeta! Vc desperdiça talento! Esse poema soa como uma linda canção! Ah e obrigado adorei ver minha foto lá!
ResponderExcluir"Bom dia, meu ninho, onde ao largo do dia
ResponderExcluirme deito, resvalo dos elos concêntricos
e disparo meus sonhos, em mais íntima revoada."
Passear por aqui é mesmo acarinhar a alma, como disse a Elisa aí acima...
Bjs.
Obrigado, Antonio Carlos, a recíproca é verdadeira: bons leitores fazem bons escritores. O carinho de quem lê o que escrevo é um estímulo para que eu sempre escreva melhor.
ResponderExcluirObrigado a vc, tb, Flor. Minha alma fica acarinhada com tua presença aqui, tb.