Foto by Fernando Campanella
A tarde às vezes me convida
para um volteio nos campos
entre contornos de montes
ante o silêncio de uma ermida
a uma luz inclinada
por um certo sopro de outono
em transparências de azul
às vezes a tarde me quer voo
por entre as nuvens compartidas
- a tarde se esquece às vezes
louca e lindamente
que não tenho o descompromisso
das aves, que sou gente.
Fernando Campanella,
(Poema dedicado à minha amiga Maria Madalena)
Vídeo escolhido para esta postagem, 'Teahouse moon', by Enya
Passear à tarde com os pássaros e com as árvores... Um poema muito belo. E embora eu goste mais das manhãs, posso fazer-lhe companhia?
ResponderExcluirUm beijo, amigo.
O "descompromisso das aves", que bom isso!
ResponderExcluirAbraços.
Concordo com o comentador anterior! Quero esse «descompromisso», preciso dele...
ResponderExcluirbjs
Seria tão bom ter esse descompromisso das aves, não é mesmo?
ResponderExcluirbjs
Quem me conhece sabe que adoro poemas e músicas q falam de vôo e liberdade.
ResponderExcluirMadalena merece todas as homenagens...
Ela dedica muito do seu tempo a poesia e a vocês, poetas.
Por acaso... outro dia comentei isso com nossa amiga em comum, a Ivanira (Nira).
Muito bem merecido, parabéns aos dois!
*.*
Belíssimo poema,Fernando...beijo
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