sexta-feira, 5 de agosto de 2011

JOÃO, MARIA (E O VIVER)


Imagem do blog 'Atividades Educativas'
http://atividadeescolar.blogspot.com/

...Não arranque as asas dele,
João Jiló, porque dói e dói...

(Trecho da composição 'João Jiló', por Maurício Tizumba)

Te disseram que Maria era bela?
Afunda nela, afunda nela.

Te ensinaram que a vida era dom?
Desaprende, desaprende:
nada de graça a graça da vida te rende.

Que dó:
viver dói, dói, João Jiló.

Fernando Campanella

4 comentários:

  1. o canto de joão jiló
    e maria com dó
    pode não ser amargo?

    ...

    abraço, campanella!

    (sou fascinada pelo chico buarque)

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  2. Viver dói. A solução é desviver... que também dói, mas pelo menos é um avesso. (A poesia mora no avesso das coisas.)

    Abração, Campanella.

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  3. Esse poema aparentemente simples tem um tom jocoso e profundidade, pois, em poucas palavras, desmistifica a 'sabedoria' repassada. Gostei demais da troca do penúltimo verso por "nada de graça a graça da vida consente." Tudo tem um preço... a vida dá, a vida cobra! Beijo, poeta!

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