Foto by Ana Gonzales
Eu, que não vivi o Alentejo,
que não voei com as cegonhas
sobre suas albufeiras ao entardecer
( nem em suas quintas pernoitei)
e que não cantei odes
à glória de um D.Manuel e suas esquadras
( nem o Tejo naveguei)
que às suas capelas
não me desfiz dos ossos,
não venci seus mitos,
não venci seus mitos,
não cruzei o Bojador
(nem de sua flor mais bela
em Évora me enamorei)
eu, disso tudo
por descompasso dos astros,
me privei.
Mas, oh, fado lusitano,
oh, alma dolente e migrante,
tua nostalgia– teu estar nunca estando – tua sede
por mares nunca d’outrem
navegados,
esse tanto, eu herdei.
Fernando Campanella
E muito bem herdado!
ResponderExcluirUm canto belo! Gostei.
;)
Bom dia, Menina, vi que vc é de Portugal e fiquei muito feliz com o comentário. Veja também o texto , na postagem seguinte a esta, sobre o Alentejo, uma crônica minha com fotos de minha amiga Ana que reside em Portugal. Todos os países e regiões do mundo merecem ser conhecidos, mas alguns deles têm ressonãncia mais profunda em minha alma: Portugal (Alentejo), Irlanda, New England (EUA)Tibet, algumas regiões da Índia, Minas, o Japão tradicional, etc.)
ResponderExcluirO Alentejo, em particular, desperta uma saudável nostalgia e encantamento em mim. Grande abraço, apareça por aqui mais vezes.