Foto by Fernando Campanella
Subo novamente pelas encostas de Minas, a cidade vista um pouco mais ao alto. Passo por árvores decrépitas e seus parasitas como hóspedes, troncos abraçados em remoto apego de amor, nuvens furtando cores ao sol poente. Ao longe, avisto a sentinela dos montes, contrafortes delimitantes da geografia onde me espaço.
Na sinuosa estrada, cercada por matas, coelhos selvagens saltam, distraídos, dos lados. E voam corujas à boca da noite. Um enorme pássaro em retardo ao ninho ameaça à minha frente as poderosas asas.
Impressões de um crepúsculo, de um prenúncio de noite quando a natureza se insinua e me inspira compaixão, uma doce arritmia, com seus traços inusitados.
De repente, do nada, de um sortilégio no céu, uma meia-lua e três risonhos magos ( ou três comadres Marias) desejam-me uma boa noite, ao esmorecer de mais um dia.
Fernando Campanella
Maravilha, de se ler esse escrito, se sente fazendo parte do lindo quadro pintado pelo autor!! Parabéns poeta!! Abraço...
ResponderExcluirConcordo com o Antonio Carlos... uma visão que compartilhamos!
ResponderExcluirEsse texto, meus amigos Antonio e Flor, é fruto de um encantamento, de uma tarde, um raro grande momento de felicidade. Grande abraço.
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