domingo, 10 de maio de 2009

RESQUÍCIO


Foto by Fernando Campanella

Às vezes
a dor de chuvas passadas
cai em mim fina,
reelaborada,
a tanto de não ser eu
assim mais que uma bolha
na espuma da tarde
molhada.

Fernando Campanella

5 comentários:

  1. Amigo poeta, é exatamente assim que às vezes me sinto...
    Descrição corretíssima.
    Parabéns!

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  2. "uma bolha
    na espuma da tarde
    molhada."
    Em cima de uma flor. Nas asas de um pássaro. A deslizar no rosto.
    Poema nuito singelo e muito sugestivo.
    Um abraço.

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  3. Esta poesia surgiu sem que eu pensasse, digo, racionalmente, com a intenção de escrever algo. Saiu, Amália, inteira, pronta, como em uma intuição, como eu me sentia naquele momento. Fico feliz com a identificação. Muito obrigado, pela visita.

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  4. É, Graça, no ar, na terra, no mar, em algum canto de nós, lá no fundo, a identificação com os elementos que a poesia coloca para fora de nós. Obrigado pela visita. Grande abraço.

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  5. Olá, Amália, às vezes a gente se sente assim, não? Uma bolha integrada nesta espuma que se forma de eventos passados. Obrigado pelo visita, minha amiga. Grande abraço pra vc.

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