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POIESIS
A poesia é algo assim
como uma dúbia certeza
aposta de um tudo
no oco intraduzível do nada
algo como a luz-menina dos olhos
entreabrindo a opacidade
sumo delicado
espremido de alegrias
e enfermidade
efemérides
e ainda um certo milagre
pérola pescada -
insípida borboleta dos dias
pela magia do verbo eterno
encantada.
Fernando Campanella
VERSOS
cansei-me de buscar-vos
tecer-vos
dourar-vos
com o mesmo afinco
com igual esmero
oh, versos
agora criai-me
Fernando Campanella
MODERNO
o poeta não é mais um deus
não tanto
porém incensado
concedamos que seja um santo
do-pau-oco
de-pé-quebrado
Fernando Campanella
Olá Fernando, bom dia.
ResponderExcluirMODERNO...traduz o espiritodaqueles que voam mais alto em busca de palavras que definam sentimentos e ações.
Lindos seus poemas...um abraço.
MUITO BEM.
ResponderExcluirO primeiro especialmente. Você não falou em efêmero, mas eu senti o ritmo do efêmero no mínimo bater de asas da borboleta dos dias. Poema primoroso.
Aquele abraço.
Fernando, gostei dos três, mas o primeiro me impressionou.
ResponderExcluirAbraços meu amigo poeta!