Julho é uma paineira que se esvai.
Meu coração tem tempos assim
ora em flor
ora a se dissipar.
Fluida é a paina
que envolve meus sonhos
sementes aéreas que nem os ventos
sabem aonde vão dar.
Fernando Campanella
(Paineira, fotos por Fernando Campanella)
Vídeo: "Farewell to Stromness", de Peter Maxwell Davies, por LAGQ
fernando campanella e os seus azuis.
ResponderExcluirtão meus.
beijão, poeta!
Obrigado, Roberto... sabe, aqui temos o privilégio de céus azulzinhos mesmo , ou principalmente, no inverno (estação da seca). Então, mesmo nossos tons invernais são 'de anil'.
ResponderExcluirAbração.
Fernando...
ResponderExcluirEstava lamentando o fato de ter me vestido de azul de ontem p/hoje no mundo virtual devido a derrota do Brasil na copa de 2010. Daí, entro aqui nesse salão do teu chateau... vejo os comentários sobre o nosso azul mesmo no inverno e me sinto bem di novo.
Além dequê... esse cantinho é relaxante,c/seus
poemas, fotos e palavras reconfortantes.
"Meu coração tem tempos assim
ora em flor
ora a se dissipar.
Fluida é a paina
que envolve meus sonhos
sementes aéreas que nem os ventos
sabem aonde vão dar."
*.*
Olá, Mari, fiquei muito triste com a derrota do Brasil, parece que ficou faltando um pedaço. Mas a vida é assim mesmo: a gente tantas vezes prepara a festa e ela não acontece como queremos.
ResponderExcluirMas o país continua, mantendo intactos seus azuis, sua grandeza.
Obrigado pela visita, volte sempre, minha amiga.
Abração.
"Sementes aéreas que nem os ventos/ sabem aonde vão dar", mas que sempre germinam a beleza, Fernando, que é inerente ao seu semear.
ResponderExcluirMuito bom espalhar os sonhos, D'Ângelo, como sementes pelo ar. A semeadura foi longa, árdua... agora fico feliz em saber que há solo onde possam germinar.
ResponderExcluirGrande abraço, meu amigo.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirObrigado, Ana Lucia. Um amigo um dia me disse: plante suas sementes, e não se preocupe com o resto a não ser regá-las, um dia elas germinarão.
ResponderExcluirSimples e bonito o que ele disse, não? Plantar, regar, e aguardar, sem pressa, no ritmo da natureza.
Grande abraço.
Que relação tão linda entre palavras e imagens! Que tropicalidade tão boa!
ResponderExcluirBeijo
Não escapo à tropicalidade, hein, Ana? Fico feliz que percebas isso. Falamos a mesma língua, temos uma ascendência comum, mas há o trópico, um outro matiz, uma outra cor, um outro gingado no português do Brasil. Impossível dissociar o homem de sua origem, herança, cultura. A poesia consegue atingir o universal com, ou apesar de, todas essas particularidades. Grande abraço, minha querida amiga.
ResponderExcluir"Julho é uma paineira que se esvai". Muito bela essa imagem. Gostei muito do poema e das belíssimas fotos também.
ResponderExcluirAbraços.
Aqui é o lugar da arte, todas se completando tal como um quebra-cabeça, peças justas. E a poesia justíssima em sua beleza.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá, Gerana. Que bom que as peças se ajustem,formando um todo harmonioso. Melhor ainda que a poesia seja 'justíssima em sua beleza', pois ela é o meu forte, o início de tudo.
ResponderExcluirGrande abraço, minha amiga.
pra repetir - as imagens e os versos - da melhor qualidade!
ResponderExcluirbesos
Fernando
ResponderExcluirEncantou-me este seu poema!
Os azuis e a paineira, mostrando toda a sua via-crúcis, todas as suas perdas...
E as suas letras...
Que bom ter encontrado este seu espaço!
Voltarei.
Abraço
Obrigado, Sônia. Minha série 'Efemérides' surgiu de um poema que fiz para os ipês em agosto. Pensei que poderia continuar, escolhendo uma árvore para cada mês. Há alguns anos atrás vi uma paineira soltando as sementes envoltas em painas, e era em Julho. Daí foi a árvore escolhida para esse mês de inverno, tão frio aqui no sul de Minas.
ResponderExcluirGrande abraço.
Muito bem-vinda, Líria, visitei teu blog e vi poemas de ótima qualidade. Fico feliz por ter retribuído a visita.
ResponderExcluirGrande abraço.
Muito bem-vinda também, Zélia. Vou visitar teu blog para te enviar uma apreciação, assim vamos conhecendo nossas criações.
ResponderExcluirGrande abraço.
o coração e seus tempos - assim, assim...
ResponderExcluiruma beleza tua poesia, fernando. teus blogs também.
saudade do sul de minas... minha mãe é de machado. :) abraços!
Boa noite, minha conterrânea, Nydia. Já viajei algumas vezes para Machado, tenho uma sobrinha que trabalha no banco do Brasil lá. Tirei algumas fotos daquela igreja moderna, e me impressionei com a luz que entra nela e assume os vermelhos e azuis dos vitrais. Cidade progressista, com universidade, bem perto de Pouso Alegre.
ResponderExcluirObrigado pela visita,minha nova amiga.
Grande abraço.
"Julho é uma paineira que se esvai." - Que beleza de imagem! Vale por um poema.
ResponderExcluirAbraços.
Obrigado, Brandão.
ResponderExcluirAcredito que os poetas sentem-se realizados quando uma imagem que criam condensa e reflete toda uma gama de percepções.
Obrigado pela presença, pelo apoio e incentivo aos meus escritos desde que nos conhecemos por aqui.
Grande abraço.