Não pude deixar de me lembrar da Tarde de Maio de Drummond. É preciso muita coragem para falar da tarde de maio depois de Drummond. O início do poema dele já é algo de grande - para poetas grandes como ele. Aquele "Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de seus mortos, assim te levo comigo, tarde de maio..." Adélia Prado, que andou interpretando esse poema por aí, publicou um livro dedicado a maio: "Oráculos de maio". Campanella ficou nesse entardecer, escuro, com um último pássaro recolhendo-se ao ninho - como se fosse o símbolo do poeta. Sugestivo. Não precisou de Drummond. Com pouco, foi além. Foi ele mesmo. Abs.
Assim como você, adoro olhar para as plantas, os pássaros, só que da minha janela; e tb não possuo essa sua qualidade... de conseguir transferir para o papel o assombroso tanto de emoções que pode causar uma simples nuvem no céu ou um raiozinho de sol numa tarde tristonha.
Muito especial esta fotografia, com um efeito de luzes e sombra muito bonito. Que dizer do poemeto, então? Nada mais precisa ser dito sobre este momento capturado pela câmera. Lembra-me de Ak'abal:
"Os pássaros não estão, se esconderam no meu coração.
Alem dea fotogradia excelente, gostei do poema. Por aqui as andorinhas "inventam" a primavera e quando vão embora para sul sabemos que o inverno não tarda... Um grande beijo, Fernando.
Impecável a fotografia, extraordinária!Parece que aprisionou a luz!
ResponderExcluirBeijo
Lendo o seu poema-colagem penso em me recolher ao ninho como um pássaro.
ResponderExcluirbjs
Não pude deixar de me lembrar da Tarde de Maio de Drummond. É preciso muita coragem para falar da tarde de maio depois de Drummond. O início do poema dele já é algo de grande - para poetas grandes como ele. Aquele "Como esses primitivos que carregam por toda parte o maxilar inferior de
ResponderExcluirseus mortos,
assim te levo comigo, tarde de maio..." Adélia Prado, que andou interpretando esse poema por aí, publicou um livro dedicado a maio: "Oráculos de maio".
Campanella ficou nesse entardecer, escuro, com um último pássaro recolhendo-se ao ninho - como se fosse o símbolo do poeta. Sugestivo. Não precisou de Drummond. Com pouco, foi além. Foi ele mesmo.
Abs.
Olá Campanella...
ResponderExcluirAssim como você, adoro olhar para as plantas,
os pássaros, só que da minha janela; e tb não possuo essa sua qualidade... de conseguir transferir para o papel o assombroso tanto de emoções que pode causar uma simples nuvem no céu ou um raiozinho de sol numa tarde tristonha.
Sodade docê!
Fique com Deus.
Bju GRANDE!
*.*
Muito especial esta fotografia, com um efeito de luzes e sombra muito bonito. Que dizer do poemeto, então? Nada mais precisa ser dito sobre este momento capturado pela câmera. Lembra-me de Ak'abal:
ResponderExcluir"Os pássaros não estão,
se esconderam no meu coração.
Hoje sou ninho."
Boa semana, F.
Alem dea fotogradia excelente, gostei do poema. Por aqui as andorinhas "inventam" a primavera e quando vão embora para sul sabemos que o inverno não tarda...
ResponderExcluirUm grande beijo, Fernando.
Faço minhas as palavras belas dos leitores acima... Parabéns!
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