domingo, 6 de fevereiro de 2011

O EU CONFESSO (FRAGMENTOS)



FOTOS DE UMA TELA,
TIRADAS POR FERNANDO CAMPANELLA

aos trancos e barrancos
pensam-me meus pensamentos

quisera não ser a mim propenso
não fazer de céus plúmbeos
um certo espelho de meu tormento -

ter no fim o meu começo
ser uma porca (ou parafuso)
ao avesso
Fernando Campanella

4 comentários:

  1. Que lindo poema! Linda ilustração! Linda cançao de fundo! Expressa alma, algo intrínceco. Belo realmente! Abraço! Boa semana! O blog está muito lindo!

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  2. O pormenor da tela é excelente e as tuas palavras fazem-me entrar nelas, pois nelas me revejo.
    Beijo, amigo

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  3. Acabei de ler umas passagens do Padre Vieira - e não é que o seu poema me lembra Vieira? Talvez eu esteja forçando, talvez porque o li e então quero ver essa lembrança. Mas há um quê de antigo, saboroso, no meneio da língua, um forçar a língua, no que tem de belo e puro.
    (Bom. A pensar.)
    Abraços.

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  4. Querer ser o avesso do que se é, à revelia de pretéritas lembranças...
    Gostei das fotografias.
    Um beijo, Fernando meu amigo.

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