Foto por Fernando Campanella
"Há uma só lei da Existência
sob a esfera luminosa:
partilham da mesma essência
homem, estrela, ave e rosa."
(Augusto de Lima, Poesias, p.55)
I
MAIS TARDE, AINDA É MADRUGADA
Os pássaros mais espertos
voltaram aos ninhos
após verem a geada.
II
NEURÔNIOS
A vaidade me cansa
sou velho o bastante
para me tornar criança.
III
MANTIQUEIRA
Luar sobre a noite vasta -
que bicho me coça ? -
contemplação não me basta.
IV
ALDEIA, RAPARIGAS, TRIGAIS...
O rio que passa por entre as palavras
é quando, sempre, e nunca mais.
(Fernando Campanella)
curtos que reverberam - o jeito que eu gosto.
ResponderExcluirabraço, grande campanella!
Lindo demais,parabéns Fernando, tuas criações são magníficas.Kisses.
ResponderExcluirA sensibilidade apurada de sempre aliada a um fino estilo poético. Lindos.
ResponderExcluirVê umas fotos do meu Alentejo no meu blogue pf e diz se não há uma qualquer identidade comum...)
bjs
Pequenos, mas a dizerem o essencial da tua sensibilidade poética.
ResponderExcluirUm beijo, amigo Fernando.
Gosto demais desses poemas curtos. Em especial o útimo - o título lembra-me António Nobre, mas as palavras, incisivas, em sua concisão, vão muito mais longe.
ResponderExcluirAbraços, Campanella.
adoro o sofisticado quando dito de forma simples. esse bicho que coça e incomoda precisa ser dito! muito lindo...
ResponderExcluirVocê já sabe que curto os curtos. E esses seus muito me agradam.
ResponderExcluirbj
Aqui exercitas bem teu poder de concisão. Gosto especialmente de:
ResponderExcluirA vaidade me cansa
sou velho o bastante
para me tornar criança.
Há uma saída barroca que já flagrei várias vezes em teus versos.