domingo, 21 de agosto de 2011
E MINHAS ÁGUAS ORDENARÃO SEU CURSO
Foto por Gaëtan Bourque, do Flickr.
Deixa-me beber do liberado vinho
entoar meu íntimo canto
que a opressão dentro de mim dói
e quero a plenitude dos campos
dos gansos de arribação
que me fique o espaço para ouvir o vento
e o silêncio que o vento assopra
nos interstícios das águas
- não quero asas desjuntas-
deixa-me o corpo em vida, e a fantasia ,
para que das vias torpes não desfolhe eu
apenas as pétalas frias
deixa-me ser o que somos , amplamente,
na multidão dissonante dos eus
deixa-me assim até que te perceba
e apaziguado te toque
e minhas águas ordenarão seu curso
e minhas ilhas já não serão sem braços.
(Fernando Campanella, 1988)
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Só uma palavra: PERFEITO!
ResponderExcluirAmei estas linhas!
Abraço
Luiza
www.barracodevidro.blogspot.com
Olá, Fernando!
ResponderExcluirCoisa mais linda teus versos, neles sou capaz de me perder por horas em encantamento, por isto gostaria de convidá-lo para conhecer meu projeto com poetas da bogosfera, onde quem sabe um dia, terei o prazer de ler por lá um de seus poemas.
Veja aqui:
http://wwwmeandyou-meandyou.blogspot.com/
um abraço carioca
Uau, Fernando! Que lindos seus poemas! Estou maravilhada! Também sou escritora e poeta e admiro demais quem tem o dom de transformar palavras em arte. Virei outras vezes te visitar, um grande abraço,
ResponderExcluirSer ilha. Ter a rodear a alma todas as águas.
ResponderExcluirE deixar que a corrente te leve à deriva pelos sonhos dentro...
Um belo poema, amigo Fernando. Um beijo.
Poema que se lê como a um salmo.
ResponderExcluirAbraços.
Cheguei a emocionar-me, meu amigo.
ResponderExcluirbeijinho
Lindo,Fernando!
ResponderExcluirbj