Foto por Fernando Campanella |
Com folhas de salgueiros
a vossa cortesia.
(Matsuo Bashô)
Esta viração de outono
me traz versos de Bashô.
Revolve memórias da terra -
aromas, pastos, rastelos -
traz também o viés da vida -
lume e cinza,
pétala ressequida.
Esta aragem nos salgueiros do leste
tocou poetas longínquos
e hoje ressoa minhas hastes -
já não sou o grande pária do mundo,
ave dispersa na serrania.
Este sopro, de mais longe,
de outros píncaros e ares,
traduz-se agora em coisas minhas,
em paisagens do quintal
(e com folhas de laranjeiras
minha vez então a pagar
por tão primaz cortesia).
Fernando Campanella
Lindos poema e vídeo.
ResponderExcluirEsta canção é demais de bela.
Abraço.
É poeta, no outono nos fascina porque natureza se faz e se desfaz para deixar lugar para novas sementes e novas vidas.
ResponderExcluirLindo teu poema!
Bjs no coração Eloah
Belíssimo!
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