domingo, 25 de maio de 2014

POEMAS ANTIGOS



Já viste a alma presa
no cálice de tua mão?
Não validemos tal dor,
no cômputo total
ela não vai além de uma gota,
um suspiro de orvalho
sacrificado ao ar. 
Ao universo nada importa,
tudo traz o selo da perfeição.
Não choro -
mas como queria de vós, 
Natureza, uma tal isenção.

(Fernando Campanella, 1986)

2 comentários:

  1. "(...) Ao universo nada importa,
    tudo traz o selo da perfeição."

    O seu poema chega a mim traduzindo a certeza da existência do tabuleiro de noites e dias, com infinitas opções de caminhos, escolhas... E,de um jeito ou de outro, todas elas cabem em alguma medida da régua da perfeição.

    Abraços agradecidos pela leitura de seus versos.

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  2. Não validar as dores. Tentar viver no Universo que sonhámos...
    Um beijo, meu amigo Fernando.

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