Foto by Fernando Campanella
Naturezas de borboleta
forjam casulos em silêncio.
Em segredo, universos tramam
O absoluto florescimento.
Tanta beleza em surdina
que já não se conta o tempo.
O ferreiro tece o concreto
em diurno alheamento.
Também meu ofício de arte
por estas vias se encorpa.
Tanta mobilidade, tantas formas
me saíram do bolso
assim como do nada
assim como do nada
no mais desprovido silêncio.
Fernando Campanella, 1989
Maravilha de poema e ilustração!! Parabéns!!!
ResponderExcluirÀs vezes também tenho a impressão de que a rima certa do verso é assim.
ResponderExcluirComo asas de borboletas a bater, em diversas formas e cores.
E estou plena de rimas, tão frágeis e tão belas e sou incapaz de colocá-las no papel.
E faz-se o verso no silêncio.
Beijos!
Obrigado, Antonio Carlos,tua sensibilidade me acompanha, é um termômetro pra mim.
ResponderExcluirObrigado, Flor, nossa estou vendo que vc é uma poeta, e que poeta! Vou dar uma olha lá no teu blogger. Adorei o poema de seu comentário. Bjos. Bem-vinda, sempre.
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