Foto by Fernando Campanella
Há um momento de errância
da distância que abres nos ventos.
É quando te chamo
E não me atentas.
Há este tempo em que me deixas,
tua sombra espúria
singrando a dormência dos lagos.
Mas meu sol de novo te acende
em algum instante
quando a alma de novo
consentes.
Não vês que mudo a sorte
que tenho a senha dos tempos
e que os gansos de longe
agora em teu verão adentram?
Então,
de teu cinza- morte
tua paisagem
é toda agora canto
e procriação.
Fernando Campanella
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