sábado, 27 de junho de 2009

CURARE


Foto: frasco de curare
by Marcia Valle, de sua galeria no Flickr*


O amor é ora barroco
ora me liberta -
que sono é esse
que mais que me adormece
me desperta

que erva as flechas
e me deita em asas -
delicado veneno
para qual o antídoto
é o mesmo amor.

Fernando Campanella

*Foto: "Veneno indígena, Curare, extraido em 1897 e guardado nesse frasco em 1900 por meu bisavô, Antonio Procópio do Valle Junior, em sua pharmacia Procópio, na cidade de Rio Novo, Minas Gerais, Brasil." (Marcia Valle)

7 comentários:

  1. Fernando Campanella, importas se postar poemas seus no meu blog? porque estou gostando dos teus "venenos" rsrsrs , e como o antídoto é sempre o amor seria bom espalhá-los mais e mais,nao é?
    abraços

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  2. O amor é o veneno e o antídoto - gostei.
    Abração.

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  3. Para cada mal o seu igual, se poderia dizer então que o amor é uma espécie de mal que para curar só com seu próprio veneno?
    Belo poema.
    abraço

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  4. Olá, Lisette, obrigado pela visita, pelas palavras. Fico muito feliz que meus escritos tenham te tocado. Pode postar meus poemas lá em teu blogger, sim, ficarei agradecido. Grande abraço.

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  5. Olá, José Carlos, o que cura também pode matar. Ajustemos as doses. Obrigado pelo visita. Abraço.

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  6. Obrigado, Sônia. O que considero mais interessante quando criamos um poema é que não há uma lógica pré-determinada. Os versos saem e se organizam em sua busca de forma e luz. Os elementos de uma manifestação artística, por extensão, se agregam e constroem um corpo com sua própria lógica. Grande abraço

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  7. Eta, esse sentimento q todos perseguem, todos querem, todos almejam, maravilha de poema... parabéns...

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