Con aroma a cedro
por Alicia Ruiz do Flickr*
Dispus a madeira dos versos
junto a um carpinteiro
em sua atribuição usual.
Entregamo-nos a nossos ofícios
e sentimos o aroma do cedro,
assim como o das palavras
em mais raro primor talhadas.
Quem dera também eu pudesse
no sétimo dia descansar meu intento
como o bom carpinteiro
ou talvez como abelhas
no aconchego da arquitetura final.
Fernando Campanella, poema XVII
da série 'O Eu Confesso'.
*Meu agradecimento especial a Alicia Ruiz, cujo trabalho fotográfico encontrei no Flickr, por ter consentido na postagem de sua foto acima, e por ter me dado inspiração para o título e um verso do poema postado.
Permiso otorgado, es un honor el que me has hecho.
ResponderExcluirHermoso tu poema y tu gesto.
Gracias,
Alicia
http://www.flickr.com/photos/agripina_del_56/3530974349/
O aroma do cedro como o das palavras - que belo achado. A poesia precisa dessas iluminações.
ResponderExcluirAbraços.
Só o gosto que deve dar trabalhar o cedro,
ResponderExcluircom aquele aroma tão cheio de conotações!
Bom fim de semana.
Um abração
Demais o poema, de uma leveza, singular e sublime, abraço amigo...
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