quinta-feira, 23 de julho de 2009

OUVI DIZER


Saíra-de-cabeça-amarela*
Foto by Fernando Campanella

Existe um lugar-
um passarinho me contou -
onde os seres habitam
impunemente felizes
suas tocas, suas casas.

Seria em que floresta,
em que memória encantada,
em qual inaudito planeta
ou esfera mais abençoada ?

Em que lugar? -
diz-me, pássaro escuso,
preciso saber
para que eu junte ao bico
minhas imprescindíveis ervas,
minhas malas,

e junto a ti
eu me lance aos ventos
e bata definitivamente as asas.

Fernando Campanella

* De meu primo Sthenio Campanella, amante e conhecedor de pássaros de nossa região, e de fotografia, recebi o seguinte comentário, o qual me deixou muito feliz, quando postei minha foto acima no Orkut:

"... Eu, com tanto interesse e andanças pelas matas da região, nunca consegui ver direito essa ave, imagina fotografá-la. Trata-se de uma Saíra- douradinha, também chamada de Saíra -da -cabeça -amarela (Tangara Cyanoventris). É da família do Sanhaço e também daquela ave azul que você tem em seus álbuns. Realmente uma bela foto você tirou, e uma excelente oportunidade de vê-la. Parabéns..."

Muito obrigado, primo.

3 comentários:

  1. Cumprimente seu primo por mim, o poema é delicado, muito bonito!
    Um abraço

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  2. Que foto mais linda! O pássaro é lindo mesmo.
    E o poema, em sua simplicidade, encanta. É o poema que vai lá, sem grandes recursos, como se não fosse.

    Um abraço.

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  3. Gostei do poema e da foto.
    A beleza do pássaro desperta a poesia.

    Um abraço e bom final de semana.

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