segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

BÁLSAMO


Foto by Fernando Campanella

O amor é triste – proclamam minhas viúvas.
Mas diz o filósofo: a alegria corteja
a mais profunda eternidade.

Todas vertentes consideradas
abandono o vale
onde as sombras compõem a enormidade.

Os grilos agora tilintam, e a luz da lua
impregna as árvores de um bálsamo –
meu amor, se possível, me aguarda,
retorno a ti, clara a trilha
que agora a meus olhos se abre.

Fernando Campanella


BALM
Love is sad –
Would my widows proclaim.
But said the philosopher:
Joy courts deepest eternity.

All things considered, I leave the valley
Where shadows rise domain.

The crickets are tinkling,
The moonlight is embalming the trees-
Wait , shall you, my love,
I can now see the trail,
I am returning to thee.
Fernando Campanella



3 comentários:

  1. Hei poeta! Esse poema toca no fundo da alma, desde o título! Perfeito! Isso é demais:

    "...meu amor, se possível, me aguarda,
    retorno a ti, clara a trilha
    que agora a meus olhos se abre..."

    Demais,
    Abraço!!

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  2. A poesia é um bálsamo. Cura todas as feridas e ainda fica o perfume no ar. Ainda fica a sua beleza nos envolvendo.

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