Foto por Fernando Campanella
No princípio é o caos
e a poesia se faz cosmo
e habita dentro de mim
sempre a mesma gênesis:
premer o útero das sombras
para a explosão secreta -
a graça de alguma luz.
Fernando Campanella, 2010
Vídeo: Wim Mertens, 'Struggle for Pleasure'.
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ResponderExcluirÉ isso, Campanella. Poesia é luz.
ResponderExcluirAbração.
Do título ao último verso: excelente!
ResponderExcluirSeu Big Bang poético parece explicar tantas estrelas no céu de Minas: suas palavras iluminando nossas vidas.
ResponderExcluirOi, Ana Lúcia, 'assim na terra, como nos céus', dizem as palavras mágicas da mitologia cristã, o que vem de ecos mais antigos, como 'o que está embaixo assemelha-se ao que está em cima'. Então a gênesis, o princípio criador, restaurador, agindo dentro de nós também. O mito da criação, afinal, surgiu da alma do homem, como reconhecimento de um princípio ordenador do caos inicial. Grande abraço.
ResponderExcluirOlá, Brandão, após escrever o poema acima veio-me um pensamento: "... na falta de um Deus, eu rezo a poesia...", e, olha, não quero que isso pareça ser um ateísmo de minha parte, jamais, quem sou eu para não acreditar, para não reconhecer um princípio criador , maior, do Universo. O fato é que só sei dizer uma oração poeticamente, e que 'Deus' me dá o direito de sentir a falta dele tantas vezes também, assim como perceber sua presença em todos os detalhes do que percebo da criação. E a poesia surge explica-se, sim, como uma luz. Grande abraço, meu amigo.
ResponderExcluirObrigado, Gerana, puxa, fiquei muito feliz com teu comentário. Sei que o detalhe, um verso de um poema, tantas vezes chama tua atenção mais que o poema todo. E se 'É o verbo' te agradou por inteiro, desde o título, passando por teu crivo atento, isso é motivo de grande alegria para mim, minha amiga. Grande abraço.
ResponderExcluir(Ah, custei para encontrar o título para esse poema, até achei '...É o verbo' anti-poético, hesitei, mas algo me disse para deixar assim mesmo, segui minha intuição. Fiz algumas alterações no poema , mesmo já o tendo postado aqui. Então o blog, como disse meu amigo Roberto de Lima, não deixa de ser um exercício, que vamos passando a limpo.
Olá, D'Ângelo, rapaz, só você mesmo com suas tiradas geniais. 'Big Bang poético' é um achado, e gostei muito dessas estrelas de Minas também, afinal, tão recolhidamente, nossos sertões e montanhas também experimentam o céu, e que lindo céu. Grande abraço, obrigado, mais uma vez, pelas tuas estrelas também.
ResponderExcluirGosto dessa ordem serena e do tom melódico das tuas palavras. Lindo.
ResponderExcluirQue bela foto!
Beijo
Obrigado, Ana, sempre ouvi poesia como ritmo, primeiramente, e cada poeta tem o seu. A serenidade é um estado que o fazer poético proporciona, uma leveza que brota do caos inicial acima mencionado. Fico feliz por teres gostado da foto também, afinal ela é, como o poema, fruto de uma mesma busca da alma, de um certo 'maravilhar-se' com as faces da natureza. Tentro aqui no blog fazer uma integração palavra/imagem. Grande abraço, minha amiga.
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