quarta-feira, 2 de março de 2011
ETÉREO*
Foto por Fernando Campanella
como giz de nuvem antiga
ou como céu de anis bleu
tua imagem sempre me
feito efeito urtiga
soprar teu talco blue
tocar teu peito nu
Fernando Campanella
*Etérea é a constituição dos sonhos. Etéreas as nuvens, as artes, a poesia... Etéreo,o poema acima que me foi lido por uma grande amiga num sonho e que ao acordar numa manhã coloquei no papel. Dupla autoria? Talvez, por conta do etéreo.
"Se lá no assento etéreo, onde subsiste,
memória desta vida se consente,
não te esqueças daquele amor ardente
que já nos olhos meus tão puro viste."
(Luís de Camões, Rimas, p. 172)
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Eu conheço nuvens assim, etéreas sobre a planície...etéreo o teu poema,suave, fugidio...uma beleza todo o post, meu amigo!
ResponderExcluirBeijo
Muito interessante esse poema, terei de tomar mais tempo!
ResponderExcluirFernando és incrível com as palavras!
Kisses
Obrigado, Ana, às vezes tenho um certo receio das associações que faço aqui, deixo fluir, vou pesquisando, e então junto as peças. Nem sei se o poema que fiz, acima, é bom, e acredito que tenha sido um pouco corajoso demais em colocar Camões junto, mas, os tempos mudam, mudam as formas de expressão, e a palavra, os sentimentos e emoções são os mesmos.
ResponderExcluirGrande abraço.
Obrigado também, Mada, pela presença, sinto falta de você aqui. Ah, então gostou do poema, que bom! Nem questionei a forma poética que ele apresenta, transcrevi direto do sonho, como mencionei acima. O título só me veio na hora da postagem, era um poema 'acéfalo', como diz nossa amiga Leila. Bom, saiu, um pouco diferente do que costumo fazer e fico feliz que tenha te agradado. Bjos, minha querida amiga.
ResponderExcluirCamões é sempre inspirador! Não há ousadia, senão a do poeta!
ResponderExcluirBeijo