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No que se refere à autencidade da poesia, seria difícil tentar uma súmula do que se tem entendido, através dos tempos, por poesia genuína. (Péricles Eugênio da Silva Ramos, O Amador de Poemas, p.24)
I
Tão real em sua idealidade,
não é de facto, nem de prosa.
II
Vem de longes, sem anúncio ou alarde -
de quando era a cor da pele a palavra.
III
Abro-lhe a janela, que se hospede
mas que arrume novamente o quarto.
IV
Bate-me com os pés seu ritmo,
faz-me dançar qual índio, imberbe.
V
Vive a me lembrar seus cânones,
intemporal, nem se importa
com que os ventos mudem
e que com eles girem as palavras.
VI
Fica o tempo que determina,
que lhe agrada.
VII
Quando parte, sem aviso de volta,
deixa-me crepúsculos
que em surdina reescrevo alvoradas.
Fernando Campanella
curvo-me diante da tua poesia.
ResponderExcluirabraço, caríssimo!
Maravilhosa, Fernando, parabéns.
ResponderExcluirParece impossível definir poesia, mas... Lendo sua epígrafe, lembrei-me do poema de Marianne Moore: é nela que se encontra o genuíno. Para que mais?
ResponderExcluirAbraços.