quarta-feira, 28 de agosto de 2013

PRIMEIROS POEMAS (ENSAIO)

Foto por Fernando Campanella

Ensaio

Da mais obscura cela,
dos impenetráveis confins,
um reles mortal, o que vê? 
Aos vermes, o limite da terra,
aos peixes, o lençol do mar,
mas a mim, o que vem?
Minha janela esboça o contorno
de um infinito rasgado de céu...
Inútil ensaio.
Seria este o consolo, 
vislumbrar, somente, 
o que há tanto pedi?
(As asas,
onde as esqueci?)

Fernando Campanella, poema de 1988.

4 comentários:

  1. Belíssimo poema, querido amigo , enriquecido por uma imagem deslumbrante!

    Parabéns!

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  2. Parabéns Fernando, sempre belas imagens e impecáveis poemas...
    [...]
    Mas e as asas,
    onde as esqueci?
    [...]

    Demais!
    Kisses.

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  3. Lindos de morrer: o poema e a fotografia!
    A propósito já é com a supercâmera recém adquirida?
    Linda!
    Abraço, Leda

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  4. Poema fantástico!!!

    "[...] Minha janela esboça o contorno
    de um infinito rasgado de céu..."

    Muito bom mesmo!!!!

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