Foto by Fernando Campanella
Eu sigo escrevendo , bebendo de poetas que adoto, deixando a alma me conduzir a este porto íntimo onde as estrelas pousam, os grilos cricram e a dama-da-noite me seduz com seu perfume, suas vestes de seda e luz. Ah, corujas também me visitam e tomam às vezes um chá comigo, depois partem, com promessas de volta.
Assim a minha alma, rastreadora do universo, da polissemia, ou da própria ausência de qualquer sentido. Viver, no mistério mais encantado da palavra, é metaforizar.
Fernando Campanella
I
Corujas
são pupilas
sencientes
da noite
que afronta
- eu sou pupila
do faz-
de-
conta.
II
Faz de conta que a coruja
me chama em augúrios
na noite.
Tolo caçador de mistério
me faço:
corujas e eu
não roemos a mesma corda
e mistérios, se existem,
em mim não cabem,
passam longe da minha porta.
III
(INFÂNCIA)
Mãe coruja fez seu ninho
lá no oco do bambu
- salta fora, passarinho,
passa longe urutu.
Perfeita!! Adorei, a foto (e m lembro dela), o texto, os poemas!!! Magnifica composiçao!!! Abraço...
ResponderExcluirBoa-noite querido amigo Fernando!
ResponderExcluirGosto demais de seu bolg, por isso e por sua presença sempre marcante e carinhosa, em 'Meus poemas favoritos', tenho um presentinho para você, por favor passe lá para pegá-lo!
Um grande abraço.
Maria Madalena Schuck
Obrigado, Antonio Carlos. Vc tem fotos desta coruja também, tiramos juntos, e são muito bonitas também. Adoro corujas, mas são muito bravinhas, não? Grande abraço.
ResponderExcluirObrigado pelo presente, Madalena, e que presente. Mas, como eu te disse, ter meus poemas e crônicas postados em teu blogger são o maior presente que já me dás. Muito obrigado pelo carinho, sempre. Bjos.
ResponderExcluirA Arca De Noé (musical)
ResponderExcluirCorujinha
Vinicius De Moraes & Toquinho
Corujinha, corujinha
Que peninha de você
Fica toda encolhidinha
Sempre olhando não sei que
O teu canto de repente
Faz a gente estremecer
Corujinha, pobrezinha
Todo mundo que te vê
Diz assim, ah! coitadinha
Que feinha que é você
Quando a noite vem chegando
Chega o teu amanhecer
E se o sol vem despontando
Vais voando te esconder
Hoje em dia andas vaidosa
Orgulhosa com quê
Toda noite tua carinha
Aparece na TV
Corujinha, corujinha
Que feinha que é você!
*Mari*