sábado, 1 de agosto de 2009

EFEMÉRIDES (AGOSTO)


Foto by Fernando Campanella

Agosto não é bem rima
nem bem desgosto
é quase um quê de mim
em ipês amarelos
e roxos.

(Fernando Campanella, poema da
série Efemérides)

8 comentários:

  1. Querido amigo Fernando, o poema é maravilhoso e a fotografia majestosa!Como sempre!
    Que prazer passear por suas páginas!
    Kisses my brother in soul.

    ResponderExcluir
  2. Está lindo o seu poema.
    Como sou econômica, eu pararia na primeira estrofe. Parece que o campo da imagem já está delimitado ali. (Não digo que ficaria melhor.)

    Um abraço.

    ResponderExcluir
  3. Concordo com vc, Sonia. Os versos entre parênteses foram acrescentados alguns meses depois de feito o poema. Já retirei. Realmente a primeira estrofe já diz tudo. Obrigado. Grande abraço.

    ResponderExcluir
  4. Obrigado, minha querida 'sister in soul' Madalena. Teu carinho e acolhimento ao que escrevo são um grande incentivo. Minha alma sempre será grata e amiga de você.

    ResponderExcluir
  5. Gostei de ler o seu poema. Está muito bom. A Sônia tinha comentado comigo, que achava mais forte sem aquele final. Acho que foi uma boa idéia.

    Sempre gostei dos ipês. Lembro-me deles já na minha infância, no mato. Um dia, vindo de Santos (onde eu morava) a Dois Córregos (onde meus pais moravam, nossa terra)a, vi uma aleia de ipês da janela do trem; escrevi então o poema ipês que está no meu livro Presença da Morte (título que enganou todo mundo, até o capista displicente da editora, que fez uma capa da morte, e não da presença viva das coisas da infância, da natureza, que tinham morrido). Bem depois, fiz um hai-cai, que lhe ofereço:

    Cálices de flores
    gritam no alto dos ipês.
    Pássaros pingam mel.

    Aquele abraço,
    Brandão.

    ResponderExcluir
  6. Boa tarde, Brandão, acabei de ver teu comentário, e confesso que gosto muito de nosso diálogo por aqui. Olha, a Sônia tem razão, o poema surgiu sem aquela estrofe, então melhor respeitar essa inspiração, esse ato espontâneo. O problema é que quem escreve sempre pensa em acrescentar mais, para dar maior expressividade ao que escreve. Porém, temos que saber a hora exata de parar, senão caimos em redundância. Além disso, poesia existe mais para sugerir do que explicar.
    Obrigado pelo lindo hai-kai. Estou devendo um poemínimo, ou até mesmo um hai-kai aos ipês, gostaria muito de fazer um, mas vou esperar o 'chamado'. Vou tentar fotografar alguns pelas estradas agora ( o da foto é do ano passado) e daí , quem sabe, surjam alguns versinhos de estalo.
    Grande abraço, obrigado a vc, e a Sonia.

    ResponderExcluir
  7. Maravilha, foto e poema! Adoro "Efemérides", demais...

    ResponderExcluir
  8. Obrigado, Antonio, até que enfim apareceu por aqui. Eu já sentia falta de seu incentivo, seu apoio inestimável ao que escrevo. Fiquei muito feliz com a visita e agradeço pela amizade que tantos momentos produtivos e criativos a mim tem proporcionado. Sua sensibilidade é iluminada, meu grande amigo. Grande abraço.

    ResponderExcluir