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Sibila de Delfos, by Miguelangelo*
A sibila traçou um dia uma estrela
na palma de minha mão.
Vais longe - dizia-me
quando em meu ouvido
Depois em túneis de brumas densas
desapareceu.
Em seu rastro, promessas de portos -
o prurido do tempo
e a auto-gravitação.
Fernando Campanella, 1989.
1) * Foto: Sibila de Delfos na Capela Sistina. Detalhe do afresco do pintor renascentista Miguelangelo. Rafael, outro pintor do Renascimento, também pintou sibilas na Capela de Chigi , da Igreja romana Santa Maria della Pace.
A iconografia católica renascentista manteve as sibilas gregas pois, por serem dotadas da capacidade de prever o futuro, teriam anunciado a vinda de Cristo.
(Informações obtidas no Wikipedia)
2)Veja o vídeo do youtube 'Cant de la Sibilla - Sibilla Latine':
Sugestivo poema, Campanella. A gente fica pensando - o que o destino nos prescreveu? Não cremos nessas coisas, mas a poesia faz-nos viajar - e é boa, a viagem. Mesmo com o canto das sereias, essas antissibilas.
ResponderExcluir"A sibila traço um dia uma estrela"
ou:
"Depois em túneis de brumas densas
desapareceu."
- como é bom isso!
Abraços.
Resta a dúvida, somos um livro a ser escrito dia por dia, ou nascemos predestinados e apenas desconhecemos os capítulos?
ResponderExcluirUm lindo domingo
abraço
"Vais longe - dizia-me " Não se enganou a Sibila, pois um poeta tem a magia do tempo.
ResponderExcluirUm beijo, amigo.
Lindo, mistério poético maravilhoso! A Sibila decifrou esse enigma!! Nem precisam mais palavras!Perfeito!
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