Foto by Fernando Campanella
Abaixo, uma montagem que fiz com alguns poemas meus e os comentários de meu amigo Brandão, (http://poesiacronica.blogspot.com/ ) aos mesmos.
Um diálogo com um tema tão gasto/tão novo como um ano que finda e outro que inicia.
Os segundos, as horas, os anos,
lá se vai mais um dia
do tempo que inventamos....
(Fernando Campanella)
Criamos o tempo, que nos destrói, mas a beleza nos salva. A beleza é de tal forma essencial que a forma mais sublime de Santo Agostinho referir-se a Deus foi na apóstrofe: "Ó Beleza antiga e sempre nova!"
(José Carlos Mendes Brandão)
por que moer
a mesma pedra?
por que a mesma esfera
sobre ossos
ad nauseam a girar?
nada mesmo de novo
sob o sol parece haver -
salvo um olhar
(Fernando Campanella)
Nada de novo - nem o sol, nem a pedra. Conservemos o olhar virgem, olhemos para as coisas como se as víssemos pela primeira vez, o que é bem Alberto Caeiro, mas sempre vale. Tudo já foi dito, não há nehuma ideia nova. Somente o olhar é novo. Eu disse em mais de um poema algo como: "Vazei os meus olhos / para ver."
(José Carlos Mendes Brandão)